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Coronavírus e a economia rural local

Nesses dias de isolamento social o tema economia está sendo discutido com muito afinco, talvez até mais do que as mortes causadas pela nova doença.


A despeito de nossas crenças e visões, teremos um impacto enorme na economia e que já começa a mostrar sua face mais terrível: A FOME.


Não pretendo levantar discussões calorosas e agressivas, nem mesmo convencê-lo do que o “certo” no meu campo de visão. Minha nobre intensão em é parte levantar os problemas gerados ao setor rural, mas principalmente, mostrar as enormes possibilidades de ganho, principalmente ao pequeno produtor.


Vamos fazer um ajuste de compreensão. Quando me refiro à economia, não estou me referindo à bolsa de valores nem ao PIB, me refiro à capacidade de compra das pessoas, e mais ainda, a capacidade de venda de nossos produtos e capacidade de o pequeno chacareiro – e demais pessoas – honrar seus compromissos financeiros.


É claro para alguns que, para que tenhamos bens e serviços, o dinheiro precisa girar. R$100,00 guardados não valem nada. Mas se gasto meus R$100,00 comprando uma camisa e o dono da loja paga seu funcionário com esses 100, que compra uma peça para sua moto com os mesmos 100 que por sua vez me compra um curso. Eu “continuo” com os 100, além da camisa e de um aluno, o dono da loja pagou um salário, o vendedor consertou sua moto e o mecânico está aprendendo um novo ofício. Essa é a mágica da economia.


A divulgação sensacionalista de problemas apocalípticos gera medo e incertezas, logo, “eu prefiro ficar com esses R$ 100,00 guardados para situações emergenciais”. Daí o colapso da economia, da pequena economia. Grandes empresas são organizadas e tem processos claros de gestão de riscos, consideram em seus planos esses cenários e sabem lidar com a incerteza. Em alguns meses as empresas bem administradas estarão se ajustando e continuarão muito bem, obrigado. E as pequenas empresas? E os produtores rurais?


Não tão bem.


A falta de gestão, ou sua deficiência, cobrará o preço. Aqueles 100 guardados irão impactar tão severamente que é possível que após o turbilhão, esse produtor não terá condições de se reerguer e começar uma nova produção.


Medo e insegurança me levam a querer consumir o que me trás mais conforto. E nada mais reconfortante do que as embalagens plásticas metalizadas dos produtos altamente industrializados.


Essas situações irão gerar mais desigualdade social. A solução?


Compre local.


Agora mais do que nunca devemos fomentar uma economia local, se ir a supermercados lotados representa risco a sua saúde, uma volta às chácaras do entorno da sua cidade será saudável, sol (leia-se vitamina D), ar puro, nada de aglomerações e produtos frescos e saudáveis estarão a sua espera.



Esses pequenos (e alguns grandes) produtores rurais não tem mais para quem vender, as feiras estão fechadas, os restaurantes também, os mercados têm fornecedores fixos e há uma dificuldade monumental de “entrar” em novos mercados. O produtor está aberto a novos negócios. Por que não?


Se pensar em ir ao meio rural lhe causa preguiça, ou se não sabe por onde começar: faça uma busca pelos produtores rurais que entregam na sua porta. Temos iniciativas pelo Brasil afora de pessoas ajudando esses produtores rurais a venderem pela internet, a montarem um delivery e a organizarem uma rede social que possa mostrar ao mundo seus produtos.


Os ganhos não param por ai. Quem já comeu uma fruta no pé, uma hortaliça recém-cortada ou uma cenoura ainda com as “raízes” fresquinhas sabe da vantagem de ter esses produtos deliciosos em casa, ao invés de produtos de dias atrás, já murchos ou machucados pela infinidade de elos na cadeia da produção ao varejo.


Optar pelas compras locais, você pagará o mesmo preço por um produto de qualidade muito superior, ajudará famílias que estão diuturnamente, faça chuva ou faça sol, focadas em produzir o que sabem de melhor. Comida. Comida de verdade.


Mas não pare!


Crie o saudável hábito de comprar localmente, reduza sua pegada de carbono, valorize o esforço familiar e tenha sempre o mais fresco dos alimentos. Além do mais, conhecer a pessoa que produz seu alimento, conversar com ela e entender melhor como o alimento é produzido, lhe dará mais satisfação de comer cada vez melhor.



Muitas pessoas clamam por leis que proíbam diversos aditivos na alimentação. Acredito que melhor que leis proibindo, são atitudes promovendo o contrário. O poder da decisão do consumidor bem informado tem peso muito maior do que quaisquer leis proibitivas.






Veja cinco razões para comprar local:


1 – Comprar comida localmente fomenta e dá suporte a economias locais.

Ao comprar do seu município ou bairro, o dinheiro movimenta em áreas menos favorecidas e faz com que novas oportunidades de negócios surjam.


2 – Comprar comida localmente fortalece a comunidade.

Ir às feiras no domingo, ou receber o cara do frango em casa, fortalece os laços com as pessoas locais, aumenta a interação entre os moradores e favorece ainda mais a troca de produtos e o comércio.


3 – O hábito de comprar comida localmente aumenta a resiliência à crises como esta.

Já pensou em um decreto que fecha os supermercados? Ou que proíba os transportes de alimentos? Conhecendo o produtor, as chances de falta de produto são mínimas.


4 – Comprar local é mais saudável.

Não me refiro aqui a produtos orgânicos, mas sem a demanda de tempo de prateleiras menos aditivos sintéticos são utilizados e o fortalecimento da relação entre consumidor e produtor garante o respeito do período de carência de alguns defensivos. Relacionamentos criam confiança e são mais fortes de leis.


5 – Comprar comida local promove a criatividade e desenvolvimento de habilidades.

Seja por sugestão do produtor uma “lasanha de berigela” ou uma demanda do cliente por uma “cesta de bambu” os relacionamentos geram demandas, que promovem novas experiências e novas habilidades.


Cultive esse hábito!

Abaixo alguns contatos de pessoas que já estão fazendo trabalhos a respeito.

Amapá:

Enielson - 96 – 9.9194-1210

Rio Grande do Norte:

Sid – 84 – 9.9409-4284

Iolanda – 84 – 9.9950-5145

Lila – 84 – 9.9657-1313

Conhece alguém que faça entrega de produtos de produção local, entre em contato que atualizo o artigo.

Um forte abraço.

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