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Autossuficiência em alimentação animal – 6.2


Insetos - Grilos



Outro inseto muito fácil de ser produzido e nem sempre considerado são os grilos. Os grilos tem uma conversão alimentar melhor que os tenébrios 3:1 e se alimentam mais de folhas do que de grãos, embora sejam necessários. A produção de grilos necessita de maiores espaços – e investimentos – que a dos demais, entretanto, no decorrer da produção o investimento é diluído e seu custo acaba ficando abaixo do tenébrio e mais caro que os outros dois.


Outro ponto a ser considerado na criação de grilos é o barulho, os machos adultos cantam – fazem cri cri cri durante a noite toda, portanto não coloque as caixas de adultos perto de sua casa, ou terá problemas com seus familiares.


Grilos são muito canibais, portanto não vacile, os maiores vão sim comer os menores, sem chances de ter uma caixa única, como nos tenébrios, você terá que ter diversas caixas, o ideal são 15 ou 16 caixas, e as caixas são aquelas grandes de plástico, geralmente de 50 litros ou mais. Não se afobe, compre poucas caixas e vá aumentando aos poucos, mesmo que tiver perdas de animais por canibalismo ou lotação, não compensa fazer dívidas para a compra de todas as caixas, faça de madeira, use baldes de 15 litros, improvise. Mas tenha uma meta de compra dessas caixas, elas facilitam muito o trabalho e no longo prazo acaba por compensar.


Você poderá ter apenas uma caixa de matriz, embora duas seja melhor, existe um vírus que matam muito, portanto duas caixas de matriz te darão mais segurança. A caixa matriz deve conter camadas de caixa de ovos de papelão para os grilos se esconderem, além do papelão é necessária uma vasilha para colocar a ração, que pode ser ração de peixe ou de gato. As rações de postura ou maternidade de porcos funcionam bem, mas não são as mais indicadas. A melhor é de peixe (temos um vídeo em nosso canal ensinando como fazer). Outra vasilha onde serão fornecidos folhas e vegetais e mais uma com água.


As vasilhas para ração e vegetais devem ser rasas e serem fácil de colocar e tirar da caixa, a vasilha de água deve contar pedras para evitar o afogamento dos grilos (que é comum).


Coloque cerca de 20 a 30 gramas de ração e troque quando a vasilha estiver suja com vezes dos grilos ou estiver quase acabando. Os vegetais devem ser substituídos com dois ou três dias, para que não mofem ou apodreçam. Troque a água de preferência diariamente, não mais que a cada três dias.


Além da estrutura, na caixa de matrizes, coloque uma vasilha com areia fina misturada com pó de serra de madeira branca. Pó de xaxim ou de fibra de coco também é bom. Essa vasilha deve estar bem úmida e servirá para as fêmeas botarem seus ovos, uma telinha de náilon por cima evita que outros grilos comam os ovos.



Os ovos irão eclodir com cerca de sete dias (pode demorar até 14 dias), e por isso devemos ter diversas caixas, pois a cada semana teremos novos nascimentos, e como os grilos demoram de oito a dez semanas para estarem prontos para o consumo, precisaremos de oito a dez caixas de engorda, mais as matrizes e de eclosão, além de caixas vazias de reserva, chegaremos as 16 caixas necessárias para uma boa produção.


As caixas de engorda são iguais às caixas de matrizes, com a diferença que não precisa de vasilha para a postura de ovos. Mesmo alimento e mesmo manejo.


Ao final da engorda coloque a caixa no freezer por uma hora, os grilos morrerão e você pode fornecer às aves e aos porcos. O ideal é descartar todo o papelão, esterilizar a caixa e montar novamente.


Recomendo não fornecer os grilos vivos para as aves, pois eles são rápidos e muitos conseguem escapar.


Lembre-se que no e-book faremos o cálculo do alimento diário necessários às aves, com diversas opções para que você se planeje e não deixe a desejar, nem forneça insetos em demasiado.

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