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Autossuficiência em alimentação animal – 6.1

Insetos - Tenébrio

De todos os insetos, o Tenébrio molitor é o mais fácil, mais limpo e menos asqueroso, entretanto é o mais lento e menos eficiente dos quatro selecionados. Além do mais é o mais dependente de alimento concorrente (grãos). Mas vale a pena sua produção.


Aqui na Chácara Dornas Homestead estamos fazendo pesquisas para melhorar a conversão alimentar do tenébrios e estamos selecionando larvas maiores e mais precoces, mas é um processo muito lento. Entretanto, estamos tendo bons resultados com o uso de dejetos animal em sua produção. Aguardem.


Para produção do tenébrio, basta colocar ração de galinha ou porco em uma caixa, adicionar besouros e aguardar 180 dias, estará cheia de larvas já no ponto de fornecer aos animais. A conversão do tenébrio é de 6:1, ou seja, precisa de seis quilos de ração para produzir um quilo de larvas. Relação desfavorável, exceto pela qualidade da proteína e gordura das larvas. Assim se for produzir tenébrio da forma tradicional, forneça apenas aos pintinhos com até 30 dias, devido ao baixo consumo de larvas e da facilidade de dar essas lentas larvas aos pintinhos. Grilos são grandes e rápidos, minhocas são grandes e larvas de moscas podem ser mais rápidas que eles. Além do mais, larvas de mosca tem o risco de botulismo e os pequenos são mais sensíveis.


Você pode tanto aumentar a quantidade de larvas, quanto acelerar o processo ao fornecer fonte de umidade às caixas. Cascas de frutas e verduras são excelentes fontes de umidade e ainda contribui com a questão nutricional propriamente dita, desde que não dê bolor, você pode fornecer diariamente. Aqui fornecemos uma ou duas vezes por semana, sempre bem sortido, às vezes casca de banana, às vezes de batata, às vezes um pedaço de melancia. Fique a vontade, ainda não percebi nenhuma fonte de umidade que cause mal aos tenébrios. Certa vez, inclusive, tive um caso de mofo em toda a caixa, a ração ficou verde. Houve redução de larvas, mas nenhum besouro morreu. Achei incrível.




Um besouro pode viver até três meses e a fêmea bota ovos quase que sua vida adulta inteira. Isso quer dizer que você terá larvas de diversos tamanhos, com até três meses de diferença. Perfeito para termos larvas em tamanho diferente, péssimo para a “colheita” e fornecimento aos animais. Assim se faz necessário estabelecer regras para que os besouros fiquem apenas alguns dias na caixa de produção. Você pode tanto retirar os besouros a cada período de dias e mudar de caixa, mudar o substrato ou estabelecer uma sequência de caixas de forma que os ovos caiam na caixa seguinte. Na internet tem algumas sugestões e iremos compartilhar a nossa no e-book, sem dúvidas, a melhor!


Assim você terá quantas caixas puder administrar; uma por mês já está muito bom, duas melhor ainda, 30 é formidável, mas avalie se o trabalho e a quantidade compensem.



Quando as primeiras larvas puparem – se transformarem em pupas para poder virar besouro – está na hora de fornecer aos animais. As galinhas e peixes comem bem, os porcos nem tanto. Para fornecer aos porcos – quaisquer insetos e anelídeos – abata e faça farinha, ou forneça misturada em outro alimento. O desperdício será menor.


O tamanho da caixa e a quantidade de besouros por caixa vão depender da sua necessidade e da eficiência da sua criação. Cada fêmea chega a botar 300 ovos. (mesmo sendo muito questionável esse número, pois a viabilidade é muito inconsistente). Eu confesso que nem sempre conto as larvas, mas sempre peso e o peso é sempre mais confiável.


Considere uma caixa com capacidade para 2 kg de ração seca, 100 besouros cabem muito bem e irão produzir cerca de 250 – 300 gramas de larvas. Use uma regra de três simples para calcular sua necessidade de produção. Se a produção for bem organizada, as larvas estarão prontas a partir do 3° mês.


Caso prefira produzir só para pintinhos, forneça duas a três larvas por semana por pintinho, uma caixa com capacidade para 4 kg de ração deve suprir até 100 pintinhos por mês. No início eles não devem pegar, é necessário incentivar o consumo. Após os primeiros pegarem o resto irá comer. Coloque em um prato de samambaia a quantidade de larvas com um pouco de ração de pintinhos.


Outros insetos serão melhores para a alimentação animal. Aguardem.

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