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Antibióticos - Quando usar?

Antibióticos – Quando usar?


Semanalmente sou questionado sobre o uso de antibióticos, muitos me perguntam quais antibióticos usar para determinadas doenças (ou sintomas) e outros ainda me questionam sobre o uso preventivo de antibióticos. Pois bem. Enquanto espero uma deliciosa galinha caipira cozinhar, e após uma nova pergunta, resolvi escreve este artigo na tentativa de dirimir as inúmeras dúvidas a este respeito.


Vamos por partes:


1 – Antibiótico é algum agente (geralmente uma molécula sintética, embora existam muitas naturais) que de alguma forma mata essencialmente bactérias. Embora o nome anti = contra e bio = vida, induza a crença que mata tudo que é vivo, isso não é verdade. Contra fungos, são antimicóticos, contra vírus não existe, os antivirais são amenizadores dos sintomas, contra coccidioses temos os coccidiostáticos ou coccidiocidas, enfim, antibióticos são contra bactéria. E são específicos, isso quer dizer que algumas classes de antibióticos são matam alguns gêneros de bactérias.


2 – O período de ação deste agente/substância é em função do seu tempo no organismo animal, já que essas substâncias são metabolizadas pelo organismo e destruídas depois de um tempo, por isso temos os períodos de carência, que é o tempo que o organismo animal leva para eliminar o antibiótico.


Assim podemos chegar a algumas conclusões importantes:


1 – O uso deve ser específico. Não devemos usar por usar um determinado antibiótico, não se cura micoplasmose com terramicina, como também não teremos resultados muito positivo tratando coriza infecciosa com tilosina. É preciso saber contra quem estamos lutando.




2 – Como o antibiótico só age por um tempo determinado, não existe uso PREVENTIVO de antibióticos. Se não há a presença da bactéria no organismo animal não há por que o uso de antibióticos, após o uso esse medicamento é eliminado do organismo, assim qualquer bactéria patogênica que chegar depois disso tem chances de causar doenças.


Ricardo eu já li/ouvi muito sobre isso. Sim, eu também já li/ouvi sobre alienígenas e não quer dizer que seja verdade.


Brincadeiras e crenças a parte, existe o uso de antibióticos sem o diagnóstico da doença, o que alguns desavisados chamam de preventivo, é na verdade o uso de antibiótico como PROFILAXIA, o que faz toda a diferença, já que não há uma prevenção propriamente dita. Vacina é preventivo.


Na profilaxia, se conhece o desafio de campo (doenças com ocorrência permanente) em determinada região e, portanto o uso da substância especifica e geralmente por toda a vida do animal – se assim a legislação permitir.


É uma estratégia muito usada na indústria animal, geralmente em aves de corte e suínos. Além do gasto expressivo e proibitivo ao pequeno produtor, requer o acompanhamento profissional, já que a resistência ao produto é iminente.


3 – Bactérias sofrem mutações com muita frequência e um período de exposição ao antibiótico prolongado pode gerar resistência. A resistência ocorre quando usamos o medicamento de forma errada, sejam dosagens altas ou baixas, períodos curtos ou prolongados demais, principio ativo errado, dentre outros usos equivocados. Assim permitimos que algumas bactérias sobrevivam ao tratamento, e ao sobreviverem podem produzir defesas contra esse principio ativo específico.


Portanto o uso de medicamentos deve ser apenas com a recomendação de um profissional da área. Assim evita-se o gasto com medicamentos que não vão resolver, além de não corremos o risco de bactérias resistentes.


Muitos podem estar pensando em dicas e relatos de criadores que fazem uso de antibióticos de forma abusiva e declaram bons resultados. Ou ainda alguma vez que tenha usado e percebeu melhora no desenvolvimento animal.


De fato isso pode ter ocorrido. Antibióticos são usados também como promotores de crescimento (um absurdo, que fique registrado), geralmente esses criadores são “contemplados” com pestes, maus, batedeiras ou quaisquer outros nomes regionais para infecções agudas, pois seus planteis são uma bomba biológica prestes a explodir. E explode.


O uso de antibióticos como promotores de crescimento devem ser sempre usados com algum prebiótico para recuperar a flora intestinal. Não vale a pena, acredite. É uma alternativa viável financeiramente aos galpões de frangos e suínos industriais, onde poucos centavos de real em cada animal resulta em ganhos de escala formidáveis (à um altíssimo custo internalizado), para nós que iremos consumir nossas aves e ovos, pagamos caro em cada pacote de medicamento e temos animais pouco produtivos quando comparados aos frangos que chegam aos 2,5Kg em 40 dias e galinhas que botam 330 ovos/ano é uma perca de tempo e saúde.



Busque conhecimento e saiba antecipadamente como diagnosticar uma doença e principalmente como evitar. Só assim terá sucesso nessa batalha eterna contra as doenças.


Quer aprender mais? Recomendo nosso curso de criação de galinhas caipiras e raças puras, além das informações lá fornecidas, estamos a disposição dos nossos alunos para tirar dúvidas.


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